27 janeiro, 2011

E deixa o tempo cuidar do amanhã .

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Primeiro post. Primeira madrugada de tantas que virão. E então resolvi falar sobre o objetivo destes textos futuros.

Bom. Acho tudo que escrevo uma droga, mas no final das contas me faz um bem danado. Deve ser por isso que todos os meus pensamentos se transformam em droga, sou viciada, desde sempre, em transformar minhas visões em porcaria. Mas em uma porcaria só minha, e completamente prazerosa de se criar.


Odeio reler meus textos, porque depois de trinta minutos já quero mudar tudo, acho todos os defeitos do mundo, então lhes darei um aviso: não se importem com minhas reclamações sobre mim mesma. Meu perfeccionismo nessa área é extremo, mesmo sabendo que tudo vai sempre se tornar uma droga.


Então, muitos vão perguntar o porque da "Máscara de Celofane" e eu vou responder: foi um devaneio, foi e passou. Um devaneio de uma imagem ou coisa de que não me lembro. Tudo que escrevo é passageiro, o que contradiz a coisa do devaneio, que faz relembrar tudo. Engraçado né? Não tenho explicação óbvia para este nome, acho que tem alguma coisa haver com a diferença da visão de cada um. É, isso.



A minha escrita se baseia nos relances do dia a dia, por isso todos acham estranho quando eu pego uma caneta e um papelzinho qualquer dentro da bolsa pra escrever num cantinho, durante alguns minutos. Faço isso porque reconheço que minha criatividade é estranhíssima, aparece nos momentos mais inoportunos, e se por acaso me deixar levar por um: - ceci, acorda! Lá se vai, mais uma vez, minha genial estorinha daquele pequeno minuto. Me sinto frustada quando isso acontece, sério. 


Pretendo arruinar algumas cenas que vejo na rua, ou em qualquer outro lugar, e ser fiel a alguns episódios bonitos que encontrar por aí. Acho que deu pra entender que gosto muito de observar tudo ao meu redor e recontar nos papéis, né? Comecei a considerar estas "observações" um hobbie, a partir do dia em que percebi que falar sobre mim mesma nem era tão interessante assim, e a partir do momento que me apaixonei por crônicas. O cotidiano é tão rico, as pessoas são tão cheias de detalhes, dá pra escrever e criar tanta coisa em cima disso. Os personagens diários estão repletos de peculiaridades, é só enxergar. Pára um pouquinho numa praça, em alguma tarde de domingo, por exemplo. Você vai encontrar tantas suposições, que vai querer parar, abrir a bolsa, pegar uma caneta e um papel, e começar a criar estórias.



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